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ALIEN uma ideia do outro mundo parte I


Eu creio que foi em meados de 1983 quando tinha 13 anos, assistia ALIEN pela primeira vez. A expressão mais apropriada seria uma mescla de terror e fascínio. Imagine só um adolescente com muita fantasia na cabeça e pouquíssimo sono, acostumado a passar as madrugadas assistindo a filmes de terror, ficção científica (que eram os meus preferidos), já acostumado com personagens incríveis das histórias em quadrinhos e livros que estimulavam a criatividade. Foi durante uma dessas madrugadas, que grudado no sofá de casa pude presenciar o verdadeiro conceito de criatividade e um roteiro que cumpriu com seu objetivo, plena total e divinamente.

O ano era 2122 a raça humana já dominava a tecnologia das viagens espaciais e passaram a explorar e extrair novos recursos em escala industrial. Uma dessas empresas de mineração espacial possuía um gigantesco rebocador chamado “Nostromo”, que retornava a Terra com sua carga de 20 milhões de toneladas de minério e uma tripulação de sete passageiros operadores especializados. Eles são acordados de seu hipersono controlado para responder a uma cláusula contratual obrigatória, que motivaria a equipe, realizar uma pesquisa de reconhecimento e exploração caso a nave detectasse qualquer sinal de natureza extraterrestre. Mesmo sob protestos, a equipe cumpre sua função e envia um pequeno grupo de reconhecimento que acaba descobrindo uma enorme nave espacial alienígena, com formas de vida orgânicas, primitivas e desconhecidas. Essas formas de vida no interior da sofisticada espaçonave estavam no local supostamente a centenas de anos, em um estado de conservação desconhecido.

Um curioso e imprudente explorador é atacado após uma tentativa de tocar um organismo vivo semelhante a um enorme ovo, de seu interior

de “aracnoctópode” (facehugger) gruda em seu rosto levando seu corpo a um coma induzido iniciando um processo de incubação transformando a vítima em um hospedeiro. Uma sucessão de acontecimentos violentos ocorrerem quando a criatura é levada a bordo do cargueiro Nostromo, e conclui o processo de incubação, e inicia sua extração causando a violenta morte de seu hospedeiro. Um a um os tripulantes da nave, vão sendo vítimas dessa nova forma de vida, que agora possui postura humanoide.

O difícil pra mim (e acredito que para todos que assistiram) era entender e compreender, que diabos de forma era aquela. Para piorar, aparecia em lugares de pouca luz, e rapidamente. Sua anatomia era irregular, com tubos saindo de suas costas, dedos a mais...

E a cabeça?

O que era aquilo? Uma estrutura alongada, sem olhos, mas possuía uma boca, que depois, fui descobrir que eram duas! Uma cauda longa e irregular, ácido no lugar de sangue. Fantástico!

Essa marcante experiência, me impulsionou a buscar informações sobre tudo relacionado ao filme, mas sem a Internet, apenas alguns anos mais tarde fui descobrir que aquela coisa, era uma adaptação de desenhos e pinturas de autoria do artista plástico suíço Hans Rudolf Giger (5 de fevereiro de 1940 - 12 de maio de 2014). Em busca de novas ideias para a produção do filme, o roteirista Dan O'Bannon se impressionou com as pinturas que misturavam tecnologia e partes orgânicas, classificando-as como perturbadoras e impressionantes.

H. R. Giger

A princípio, os próprios produtores da 20th Century Fox acharam aquelas artes muito sinistras para o público, mas a aprovação de Ridley Scott foi conclusiva, e que no final das contas, renderiam a H. R. Giger um Oscar de efeitos visuais. Entre outras premiações da categoria como: British Academy Film Award (B.A.F.T.A) : premiação anual britânica destinada a excelência de trabalhos realizados no cinema. Saturn Awards: prêmio destinado à ficção científica, fantasia e terror, de origem norte-americana.

Todo o design de produção alienígena foi produzido e supervisionado por Giger.

O ALIEN original até possuía um par de grandes e negros olhos, mas a decisão de removê-los posteriormente foi genial, tornando a criatura ainda mais sinistra. Jean Giraud "Moebius" desenhista de histórias em quadrinhos de ficção científica (que inclusive desenhou uma história do Surfista Prateado para a editora Marvel Comics) criou o visual dos trajes espaciais para o elenco, além de artes conceituais da tecnologia futurista das naves, ao lado do design Ron Cobb (que criou os desenhos e maquetes das espaçonaves).

O sucesso do personagem alcançou popularidade e outras formas de mídia como jogos de vídeo-game (menos geniais), uma série de histórias em quadrinhos produzidas por editoras importantes como a DC Comics, a Dark Horse, Image entre outras, uma variedade enorme de action figures, chaveiros e várias outros produtos. Além de várias outras continuações da franquia cinematográfica contanto com vários crossovers com outros personagens consagrados.

Arte original de Jean Giraud "Moebius" para o design dos trajes espaciais:

No próximo post sobre ALIEN, vamos falar dos tipos de xenomorphs (xenomorfos), aguardem!

Confira nossa galeria de capas de HQs do ALIEN:

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